quarta-feira, 27 de outubro de 2010

UMA SAIA VERMELHA NO PODER

Por Antônio Serpa do Amaral Filho

No dia primeiro de janeiro de 2011 uma mulher subirá a rampa do Palácio do Planalto central do Brasil e assumirá o mais alto cargo da República. Quando isso acontecer ninguém mais se atreverá a lançar sobre a dona da saia a pecha de “sapatão”, “guerrilheira” e “matadora de criançinhas’, como disse a mulher do candidato do PSDB. Tudo balela pra ludibriar a atenção dos incautos populares. Na verdade, a maioria dos que votam em Serra não são serristas autênticos, votam no “Vampiro Brasileiro” por fisiologismo, isto é, porque não tem ninguém mais à direita do tucano para merecer o voto desses conservadores. Não são todos, mas uma boa parte é constituída de reacionários travestidos de sociais-democratas de última hora.

Depois de levar três surras seguidas nas urnas, perdendo para Fernando Henrique Cardoso duas vezes e uma vez para Fernando Collor, o PT finalmente emplacou Lula duas vezes seguidas e a agora emplaca vitoriosamente uma mulher, a ex-Ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousself. Ela é filha da ditadura, da classe média politizada e da intelectualidade de esquerda que abdicou de lutar com armas de fogo para lutar com o que têm de melhor: o intelecto privilegiado. É a saia brasileira no poder. A saia norte-americana tentou chegar primeiro à Casa Branca, mas perdeu ponto para Barak Obama. Em sua melhor performance política, Hillary Clinton é hoje Secretária de Estado dos EUA. Um outro rabo de saia também chegou perto do poder na Casa Branca, mas, como todo mundo sabe, Mônica Lewinsky foi lá só pra fazer sexo oral no dono da casa. O poder do falo falou mais alto que a pudica etiqueta da casa de George Washington.

Aos trancos e barrancos o Brasil vem dando saltos históricos: Lula era plebeu, era alienado mas não era ateu; quando veio do nordeste só trazia a coragem e a cara, viajando num pau de arara, mas chegou. Dilma não é plebéia, mas é atéia, tem coragem de mamar em onça, pegou em arma e enfrentou os brucutus da Ditadura Militar de 64, jamais experimentou a fome e tem sobrenome de bacana – Rousselff. E assim, dia 1º de janeiro, um operário passará a faixa presidencial para uma ex-guerrilheira, comandante-em-chefe de uma das mais ricas economias capitalistas do mundo ocidental, o nosso Brasil brasileiro, esse mulato inzoneiro. A cena de posse é a cara do PT, um partido confederativo, catalisador ideológico dos diversos segmentos sociais: a esquerda trotskysta, leninista, cubana, maoísta, a esquerda católica, profissionais liberais, estudantes, campesinos, comunistas, idealistas, ambientalistas, feministas, democratas, sindicalistas, artistas, classe média, excluídos, e até trabalhadores urbanos do ABC paulista, onde a agremiação partidária nasceu e se fortaleceu.

Convenhamos: o programa de trabalho e a prática administrativa do PT não é nenhuma brastemp, é óbvio, mas ainda assim é bem melhor do que a agenda político-administrativa de José Serra e seus camaradinhas neo-liberais. O atual clima eleitoral também não é uma luta do bem contra o mal, nem uma batalha de gênero, o masculino contra o feminino. É a mais humana das atividades sociais posta em ação, segundo o jogo da democracia burguesa: a política, exercitada com vistas à conquista do poder. Para chegar ao poder o PT fez concessões, acordões e mensalões, é verdade, e com isso perdeu substâncias programáticas importantíssimas. O PT não realizou todas as promessas de campanhas, também é verdade, mas ainda assim suas realizações são muitíssimo mais interessantes para o país que as atuais promessas de Serra. Ante ao contexto circundante, em que pese os erros e acertos do Partido dos Trabalhadores no poder, o voto crítico deve se impor e separar o joio do trigo. Serra é Serra e nunca será mais que um político lugar-comum, a serviço de quem sempre mamou nas tetas profanas da pátria. Dilma é Dilma e se revelará uma grande guerreira das transformações, empunhando, agora, as armas da civilização, da legalidade, da democracia e da ação social para promover as mudanças, políticas, econômicas e sociais que as elites vêm adiando desde o clamor da Revolução Praieira nas plagas Pernambucanas.

Ângela Merkel, (Alemanha), Ellen Johnson Sirleaf, (Libéria), e Michelle Bachelet (Chile) à parte, mulher e poder nem sempre dá uma mistura interessante. Dona Maria I, a louca rainha de Portugal, perseguiu impiedosamente o Marquês de Pombal, o déspota esclarecido que revolucionou a administração imperial. A Princesa Isabel posou de marionete da corte ao assinar a Lei Áurea, extinguindo a escravidão, mais para atender aos interesses do capitalismo inglês do que pra fazer justiça à gente de Zumbi dos Palmares. Maria Antonieta mandou o povo francês, descamisado e sem calção (sans cullote), comer brioche, já que não tinha dinheiro para comprar o pão nosso de cada dia. A própria Marta Suplicy mandou o povão relaxar e gozar, em meio à crise nos aeroportos.

Com a mulher Dilma Rousself na presidência da república, porém, a história será bem diferente. Ela carrega consigo a coragem de Anita Garibaldi, o gosto pela guerra de Joana D’arc e a determinação de Olga Benário. Seu coração vermelho vermelhaço vermelhão tem sede de justiça social; seu espírito está impregnado da utopia socialista; sua mente brilhante não estará, creio, a serviço do capital, dos potentados, dos corruptos e dos especuladores, mas a serviço dos que clamam por emprego, saúde e segurança públicas, aposentadoria justa, educação, meio ambiente saudável, transporte público de qualidade, moradia, cultura, lazer e uma boa alimentação, para que o povo brasileiro viva melhor. Viver, aliás, não é preciso. Ver uma saia vermelha no poder, sim, é preciso.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

FESEC ENTREGA PROJETO DO CARNAVAL

Os Diplomatas do Samba, Carnaval 2010
Nesta sexta-feira, dia 29 de outubro, a Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas de Rondônia entrega a Senhora Mirian Saldaña, Chefia de Gabinete da Prefeitura de Porto Velho, e ao Senhor Altair dos Santos Lopes (Tatá), Presidente da Fundação Iaripuna, em solenidade oficial, o Projeto Carnaval 2011: Folia e Tradição Para Todos, no qual consta um levantamento da Federação, elencando produtos e serviços a serem contratados pela Fundação Iaripuna, necessários para estruturar, sonorizar e iluminar a Passarela do Samba Édson Fróes, espaço por onde desfilam nossas agremiações carnavalescas.


A cerimônia acontecerá no Gabinete da Presidência da Fundação Iaripuna, situada na Rua Tenreiro Aranha, 3205, Olaria, a partir das 09h00min da manhã. Para o ato, a FESEC convida todos os Presidentes de escolas de samba da capital a se fazerem presentes.


O projeto entregue solicita também, por meio de convênio celebrado entre Iaripana e a FESEC, o repasse de aporte financeiro no valor de R$ 350.000,00 (trezentos e cinqüenta mil reais), divididos em duas parcelas. Trata-se de auxílio montagem a ser rateado entre as escolas de samba de Porto Velho, para que as mesmas cubram despesas oriundas da confecção de alegorias, fantasias e adereços, contratação de artistas, artesãos, aderecistas, carpinteiros, serralheiros e a mais variada mão-de-obra qualificada, e aquisição de materiais diversos, necessários para uma espetacular apresentação dos grêmios carnavalescos Diplomatas do Samba, Asfaltão, São João Batista, Armário Grande, Império do Samba e Rádio Farol.






Asfaltão, Comissão de Frente, Carnaval 2010
 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

POLÍTICAS CULTURAIS NOS GOVERNOS FHC E LULA

Por Antonio Albino Canelas Rubim (*)

Boi-Bumbá Corre Campo

O segundo turno das eleições presidenciais de 2010 nos convida a uma reflexão acerca das políticas culturais inscritas nos projetos políticos em confronto. Mais que um mero embate entre as personalidades de Dilma e de Serra, como muitos querem fazer crer, importa entender que a efetiva disputa eleitoral acontece entre projetos políticos distintos que se expressam nestas candidaturas.

Para as pessoas interessadas em cultura, cabe analisar como estas forças políticas tratam a cultura. Tal compreensão implica, por exemplo, na análise comparativa das políticas culturais desenvolvidas pelos governos no plano federal: PSDB (1995-2002) e PT (2003-2010).

O Governo FHC teve um único Ministro da Cultura: Francisco Weffort. A atuação prioritária do Ministério da Cultura esteve voltada para desentravar e ampliar o funcionamento das leis de incentivo no país. Não por acaso a cartilha Cultura é um Bom Negócio se tornou um documento emblemático da atuação deste governo no campo da cultura. A efetiva ampliação do funcionamento das leis de incentivo foi conseguida, em especial, através da orientação do governo para as empresas estatais investirem no campo cultural.

Além de estimular a aplicação e ampliação da lógica das leis de incentivo, o ministério desenvolveu alguns projetos como o Monumenta, voltado para a área de patrimônio físico, mas realizado institucionalmente fora do IPHAN, e o programa de expansão do número de bibliotecas no Brasil, visando dotar todos os municípios de, pelo menos, uma biblioteca, meta não realizada apesar do esforço desenvolvido. Também a área de patrimônio imaterial foi contemplada, através da criação de legislação específica neste setor. Mas estas e outras iniciativas não se pretendiam como contraposições à prioridade conferida às leis de incentivo. Elas atuavam de modo complementar à opção política tomada.

Esta política de priorizar as leis de incentivo inibiu, em boa medida, a deliberação do governo sobre os projetos culturais e, por conseguinte, sobre políticas culturais, pois a decisão efetiva sobre a cultura a ser estimulada foi transferida para as empresas, conforme previsto na modalidade de leis de incentivo vigente no Brasil. A escolha se mostrava sintonizada com a conjuntura nacional e internacional de fortalecimento do papel do mercado e inibição da atuação do estado. O orçamento do Ministério no final do período é de 0,14% do orçamento nacional.

O Ministério da Cultura no governo Lula foi ocupado por Gilberto Gil (2003-2008) e Juca Ferreira (2008-2010). Tais ministros assumiram posição contrária ao predomínio das leis de incentivo, ainda que projeto neste sentido só tenha sido enviado ao Congresso em 2010. Eles defenderam desde o início a necessidade de retomar o papel ativo do estado na formulação e no desenvolvimento de políticas culturais.

A construção de políticas de cultura foi realizada com a participação da sociedade por meio de seminários, câmaras temáticas e encontros, como as duas Conferências Nacionais de Cultura de 2005 e 2010. Uma maior institucionalidade para o campo cultural foi buscada através do desenvolvimento do Sistema Nacional de Cultura (SNC), que pretende articular a federação, os estados e os municípios, e do Plano Nacional de Cultura (PNC), conformado em interação com o Congresso Nacional, além da criação de novas instituições culturais, como o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), e novos órgãos como a Diretoria de Relações Internacionais do Ministério da Cultura.

Diversos projetos foram implantados e alguns ganharam grande projeção como: Pontos de Cultura, por certo uma das atividades de maior repercussão nacional e internacional do Ministério, e DOC-TV, que envolve televisões públicas de todo Brasil e o Ministério da Cultura para a produção e divulgação de documentários e que, dado o sucesso, já teve várias versões, inclusive internacionais, como as latino-americanas e para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

As políticas para a diversidade cultural assumiram lugar relevante no governo Lula. No debate internacional sobre a diversidade cultural promovido pela UNESCO para construir a Declaração (2001) e a Convenção (2005), o Brasil teve inicialmente uma posição bastante ambígua. Mas tal postura foi radicalmente modificada com o novo governo. O Ministério da Cultura e o Ministério das Relações Exteriores, em conjunto, atuam vivamente em prol das normas internacionais de defesa da diversidade cultural. No plano interno, o Ministério da Cultura criou a Secretaria da Identidade e da Diversidade Culturais (SID) para implantar políticas e dar visibilidades aos documentos internacionais. Na busca de empreender políticas para a diversidade, a SID, pela primeira vez na história brasileira, desenvolveu uma política cultural para os povos originários, algo que nunca tinha ocorrido no país.

A política cultural diferenciada implicou também em um aumento substancial do orçamento do Ministério, que se aproximou de 1% do orçamento nacional. O orçamento reforçado possibilitou ampliar o Fundo Nacional de Cultura, permitindo contemplar uma maior diversidade de expressões e regiões culturais. A articulação entre diversos ministérios, inspirado no PAC, viabilizou o Programa Mais Cultura, que ampliou os recursos para a cultura, com destaque, para as áreas mais carentes e de maior vulnerabilidade social.

Esta breve exposição das atividades culturais desenvolvidas nos governos do PSDB e do PT aponta nitidamente para dois projetos culturais bem distintos: um que deprime as políticas culturais do estado nacional e deixa a cultura ser regulada prioritariamente pelo mercado e outro que constrói políticas culturais públicas, através do diálogo entre estado e sociedade, visando preservar e promover a diversidade cultural brasileira. A comunidade cultural está convocada democraticamente a fazer sua escolha entre estes dois projetos expressos nas candidaturas de Dilma e de Serra.

(*) Antonio Albino Canelas Rubim

Formado em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia (1975) e em Medicina pela Escola Baiana de Medicina (1977), mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (1979), doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1987) e pós-doutor em Políticas Culturais pela Universidade de Buenos Aires e Universidade San Martin (2006). Atualmente é professor titular da Universidade Federal da Bahia; docente do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade e do Programa de Artes Cênicas, ambos da UFBA; Ex-Diretor do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da UFBA; Ex-Presidente do Conselho Estadual de Cultura da Bahia. Ex-Coordenador do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. Pesquisador I-A do CNPq. Autor de livros e artigos em periódicos nacionais e internacionais. Membro de Conselhos Editoriais de publicações em Cultura e Comunicação. Foi diretor da Faculdade de Comunicação da UFBA, por três vezes; Presidente da Câmara de Extensão da UFBA; Presidente da Câmara de Comunicação, Cultura e Turismo da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia; Secretário de Cultura da Associação dos Professores Universitários da Bahia, por duas vezes, e Presidente da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação. Principais áreas de interesse: políticas culturais; cultura e política; comunicação e política; cultura, comunicação e sociedade.

“Se nos calarmos, até as pedras gritarão”, dizem católicos e evangélicos

São Lucas
“Se nos calarmos, até as pedras gritarão!”

Manifesto de Cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da Vida em Abundância!

Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:

1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como “contrárias à moral”.

A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: “se nos calarmos, até as pedras gritarão!” (Lc 19, 40).

2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:

3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.

4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5, 1- 12).

5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos “venha o teu reino”, cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.

6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo. Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto alternativo de muitos companheiros e companheiras Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir. Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.

7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino. Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum. A integração com os movimentos populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões. Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano – como Marina Silva defende – só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido. No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.

Com esta esperança e a decisão de lutarmos por isso, nos subscrevemos:

Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho, e presidente honorário da CPT nacional
Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Felix do Araguaia-MT
Dom Demetrio Valentini, bispo de Jales-SP e presidente da Cáritas nacional
Dom Luiz Eccel – Bispo de Caçador-SC
Dom Antonio Possamai, bispo emérito da Rondônia
Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana- Maranhão
Dom Xavier Gilles, bispo emérito de Vina- Maranhão
Padre Paulo Gabriel, agente de pastoral da Prelazia de São Felix do Araguaia /MT
Jether Ramalho, Rio de Janeiro
Marcelo Barros, monge beneditino, teólogo
Professor Candido Mendes, cientista político e reitor
Luiz Alberto Gómez de Souza, cientista político, professor
Zé Vicente, cantador popular, Ceará
Chico César, Cantador popular, Paraíba/São Paulo
Revdo Roberto Zwetch, igreja IELCB e professor de teologia em São Leopoldo
Pastora Nancy Cardoso, metodista, Vassouras / RJ
Antonio Marcos Santos, Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Juazeiro – Bahia
Maria Victoria Benevides, professora, da USP
Antonio Cecchin, irmão marista, Porto Alegre
Ivone Gebara, religiosa católica, teóloga e assessora de movimentos populares.
Fr. Luiz Carlos Susin – Secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia e Libertação
Frei Betto, escritor, dominicano
Luiza E. Tomita – Sec. Executiva EATWOT(Ecumenical Association of Third World Theologians)
Ir. Irio Luiz Conti, MSF. Presidente da Fian Internacional
Pe. João Pedro Baresi, pres. da Comissão Justiça e Paz da CRB (Conferência dos religiosos do Brasil) SP
Frei José Fernandes Alves, OP. – Coord. da Comissão Dominicana de Justiça e Paz
Pe. Oscar Beozzo, diocese de Lins
Pe. Inácio Neutzling – jesuíta, diretor do Instituto Humanitas Unisinos
Pe. Ivo Pedro Oro, diocese de Chapecó/SC
Pe. Igor Damo, diocese de Chapecó-SC
Irmã Pompeia Bernasconi, cônegas de Santo Agostinho
Cibele Maria Lima Rodrigues, Pesquisadora
Pe. John Caruana, Rondônia
Pe. Julio Gotardo, São Paulo
Toninho Kalunga, São Paulo
Washingtonn Luiz Viana da Cruz, Campo Largo, PR e membro do EPJ (Evangélicos Pela Justiça)
Ricardo Matense, Igreja Assembléia de Deus, Mata de São João/Bahia
Silvania Costa
Mercedez Lopes,
André Marmilicz
Raimundo Cesar Barreto Jr, Pastor Batista, Doutor em ética social
Pe. Arnildo Fritzen, Carazinho. RS
Darciolei Volpato, RS
Frei Ildo Perondi – Londrina PR
Ir. Inês Weber, irmãs de Notre Dame.
Pe. Domingos Luiz Costa Curta, Coord. Dioc de Pastoral da Diocese de Chapecó/SC
Pe. Luis Sartorel,
Itacir Gasparin
Célio Piovesan, Canoas.RS
Toninho Evangelista – Hortolândia/SP
Geter Borges de Sousa, Evangélicos Pela Justiça (EPJ), Brasília
Caio César Sousa Marçal – Missionário da Igreja de Cristo – Frecheirinha/CE
Rodinei Balbinot, Rede Santa Paulina
Pe. Cleto João Stulp, diocese de Chapecó
Odja Barros Santos – Pastora batista
Ricardo Aléssio, cristão de tradição presbiteriana, professor universitário
Maria Luíza Aléssio, professora universitária, ex-secretária de educação do RecifeRosa Maria Gomes
Roberto Cartaxo Machado Rios
Rute Maria Monteiro Machado Rios
Antonio Souto, Caucaia, CE
Olidio Mangolim – PR
Joselita Alves Sampaio – PR
Kleber Jorge e silva, teologia – Passo Fundo – RS
Terezinha Albuquerque
PR. Marco Aurélio Alves Vicente – EPJ – Evangélicos pela Justiça, pastor-auxiliar da Igreja Catedral da Família/Goiânia-GO
Padre Ferraro, Campinas.
Ir, Carmem Vedovatto
Ir. Letícia Pontini, discípulas, Manaus
Padre Manoel, PR
Magali Nascimento Cunha, metodista
Stela Maris da Silva
Ir. Neusa Luiz, abelardo luz- SC
Lucia Ribeiro, socióloga
Marcelo Timotheo da Costa, historiador
Maria Helena Silva Timotheo da Costa
Ianete Sampaio
Ney Paiva Chavez, professora educação visual, Rio de janeiro
Antonio Carlos Fester
Ana Lucia Alves, Brasília
Ivo Forotti, Cebs – Canoas – RS
Agnaldo da Silva Vieira – Pastor Batista. Igreja Batista da Esperança – Rio de Janeiro
Irmã Claudia Paixão, Rio de Janeiro
Marlene Ossami de Moura, antropóloga / Goiânia
Ir. Maria Celina Correia Leite, Recife
Pedro Henriques de Moraes Melo – UFC/ACEG
Fernanda Seibel, Caxias do Sul.
Benedito Cunha, pesquisador popular, membro do Centro Mandacaru – Fortaleza
Pe. Lino Allegri – Pastoral do Povo da Rua de Fortaleza, CE
Juciano de Sousa Lacerda, Prof. Doutor de Comunicação Social da UFRN
Pasqualino Toscan – Guaraciaba SC
Francisco das Chagas de Morais, Natal – RN
Elida Araújo
Maria do Socorro Furtado Veloso – Natal, RN
Maria Letícia Ligneul Cotrim, educadora
Maria das Graças Pinto Coelho/ professora universitária/UFRN
Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife
Xavier Uytdenbroek, prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
Targelia de Souza Albuquerque
Maria Lúcia F de Barbosa, Professora UFPE
Débora Costa-Maciel, Profª. UPE
Maria Theresia Seewer
Ida Vicenzia Dias Maciel
Marcelo Tibaes
Sergio Bernardoni, diretor da CARAVIDEO- Goiânia – Goiás
Claudio de Oliveira Ribeiro. Sou pastor da Igreja Metodista em Santo André, SP
Pe. Paulo Sérgio Vaillant – Presbítero da Arquidiocese de Vitória – ES
Roberto Fernandes de Souza. RG 08539697-6 IFP RJ - Secretario do CEBI RJ
Sílvia Pompéia.
Pe. Maro Passerini – coordenador Past. Carcerária – CE
Dora Seibel – Pedagoga, Caxias do Sul
Mosara Barbosa de Melo
Maria de Fátima Pimentel Lins
Prof. Renato Thiel, UCB-DF
Alexandre Brasil Fonseca , Sociólogo, prof. da UFRJ, Ig. Presbiteriana e coordenador da Rede FALE)
Daniela Sanches Frozi, (Nutricionista, profa. da UERJ, Ig. Presbiteriana, conselheira do CONSEA Nacional e vice-presidente da ABUB)
Marcelo Ayres Camurça – Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião – Universidade Federal de Juiz de Fora
Revd. Cônego Francisco de Assis da Silva,Secretário Geral da IEAB e membro da Coordenação do Fórum Ecumênico Brasil
Irene Maria G.F. da Silva Telles
Manfredo Araújo de Oliveira
Agnaldo da Silva Vieira – Pedagogo e Pastor Auxiliar da Igreja Batista da Esperança-Centro do Rio de Janeiro
Pr. Marcos Dornel – Pastor Evangélico – Igreja Batista Nova Curuçá – SP
Adriano Carvalho.
Pe. Sérgio Campos, Fundação Redentorista de Comunicações Sociais – Paranaguá/PR
Eduardo Dutra Machado, pastor presbiteriano
Maria Gabriela Curubeto Godoy – médica psiquiatra – RS
Genoveva Prima de Freitas- Professora – Goiânia
M. Candida R. Diaz Bordenave
Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife
Xavier Uytdenbroek prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
Targelia de Souza Albuquerque
Maria Lúcia F de Barbosa (Professora – UFPE)
Paulo Teixeira, parlamentar, São Paulo
Alessandro Molon, parlamentar, Rio de Janeiro
Adjair Alves (Professor – UPE)
Luziano Pereira Mendes de Lima – UNEAL
Cláudia Maria Afonso de Castro-psicóloga- trabalhadora da Saúde-SMS Suzano-SP
Fátima Tavares, Coordenadora do Programa de Pos-Graduação em Antropologia FFCH/UFBA
Carlos Caroso, Professor Associado do Departamento de Antropologia e Etrnologia da UFBA
Isabel Tooda
Joanildo Burity (Anglicano, cientista político, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Prof. Dr. Paulo Fernando Carneiro de Andrade, Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Professor de Teologia PUC- Rio
Aristóteles Rodrigues - Psicólogo, Mestre em Ciência da Religião
Zwinglio Mota Dias – Professor Associado III – Universidade Federal de Juiz de Fora
Antonio Francisco Braga dos Santos- IFCE
Paulo Couto Teixeira, Mestrando em Teologia na EST/IECLB
Rev. Luis Omar Dominguez Espinoza
Anivaldo Padilha – Metodista, KOINONIA, líder ecumênico
Nercina Gonçalves
Hélio Rios, pastor presbiteriano
João José Silva Bordalo Coelho, Professor- RJ
Lucilia Ramalho. Rio de janeiro.
Maria tereza Sartorio, educadora, ES
Maria José Sartorio, saúde, ES
Nilda Lucia sartorio, secretaria de ação social, Espírito Santo
Ângela Maria Fernandes – Curitiba, Paraná
Lúcia Adélia Fernandes
Jeanne Nascimento – Advogada em São Paulo/SP
Frei José Alamiro, franciscano, São Paulo, SP
Ruth Alexandre de Paulo Mantoan
José Luiz de Lima
Gilberto Alvarez Giusepone Júnior (Prof. Giba), educador, São Paulo

Thaís Borges Torres.

Contatos:
(61) 9231-1156 ou (61) 3105 - 0800 ramal 51.
E-mail: thaispt13@gmail.com

CRÔNICA


Sim, eu sei...

Que em 2002, o então candidato a presidente José Serra pregou o medo na população contra o candidato Lula. Agora, está fazendo o mesmo contra a Dilma. Por favor, Regina Duarte, onde está você!

Sim, eu sei...

Que em 2002, o candidato a presidente José Serra disse que o candidato Lula não poderia assumir a presidência da República porque lhe faltava experiência no Executivo. Na época, a única experiência de Lula na esfera pública era a de ter sido eleito deputado federal. Serra, no entanto, já havia sido Ministro do Planejamento e Ministro da Saúde, ambos no governo FHC, além de deputado e senador. Portanto, Serra era o mais preparado para exercer a presidência do país. Na época, sua vice, Rita Camata, disse: “Não podemos entregar o Brasil na mão de quem não tem experiência, de um aventureiro”. E o que aconteceu? Lula venceu a eleição e tornou-se um dos líderes mais respeitados do mundo. Agora, Serra anda dizendo por aí que a Dilma não está preparada para assumir a presidência da República... Eles adoram repetir os filmes que já vimos! Por quê?

Sim, eu sei...

Que na Assembléia Nacional Constituinte, o então deputado federal José Serra votou contra todas as propostas ligadas à classe trabalhadora. Na época, as propostas aprovadas foram agasalhadas na Constituição nos Direitos Sociais. Como votou o deputado federal José Serra?

* Serra votou contra o monopólio nacional de distribuição de petróleo;

* Serra votou contra as garantias ao trabalhador da estabilidade no emprego;

* Serra votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas;

* Serra negou seu voto pelo abono de 1/3 de férias;

* Serra negou seu voto pelo aviso prévio proporcional;

* Serra negou seu voto pelo direito de greve e pela estabilidade do dirigente sindical.

Sim, eu sei...

Que durante o governo FHC, do qual Serra foi Ministro do Planejamento, os servidores públicos federais amargaram o maior arrocho salarial da história, tendo seus salários congelados por oito anos. Nesta eleição, Serra já disse que pretende melhorar as carreiras dos servidores públicos e pagar-lhes melhores salários. Não sei não, ou o PSDB virou socialista ou o Serra é mitomaníaco!

Sim, eu sei...

Que durante o governo FHC, do qual Serra foi Ministro do Planejamento, os aposentados foram tratados com desrespeito, tendo suas aposentadorias congeladas por oito anos, sendo, inclusive, chamados pelo governo tucano de “vagabundos”. Agora Serra quer conceder aumento de 10% aos aposentados! Será este o único aumento que os aposentados terão durante um eventual governo Serra?

Sim, eu sei...

Que durante o governo FHC, do qual Serra foi Ministro do Planejamento, o salário mínimo era reajustado abaixo da inflação, com redução de seu poder de compra. Agora, Serra quer congelar o salário mínimo em R$ 600 por quanto tempo?

Sim, eu sei...

Que em 2009 quando Serra era governador de São Paulo, ele mandou a Polícia Militar “descer o pau” nos professores paulistas que estavam em greve lutando por melhores salários e condições de trabalho. Agora Serra quer colocar dois professores em cada sala de aula (um para ensinar, o outro para vigiar a polícia!!!). Como Serra irá contratá-los, por concurso público? Em São Paulo, Serra deixou mais de 200 mil professores contratados em condições precárias de trabalho, sem concurso público! Parece que Serra e o PSDB detestam professores, servidores públicos, aposentados ...!


Sim, eu sei...

Que neste segundo turno estão em disputa dois projetos de governo. O primeiro, representado pelas turmas do PSDB e do DEM, que já estiveram no Executivo Federal e que foram responsáveis pela concentração de renda, pelo arrocho salarial, pelo congelamento de salários, pelo aumento da pobreza, pelo desrespeito aos aposentados, pela doação do patrimônio público aos estrangeiros e pelo aumento de tributos. O segundo, representado pelo Lula, pelo PT e pelos aliados e que distribuiu renda, respeitou os aposentados, revitalizou as empresas públicas, defendeu a soberania do Estado brasileiro no exterior e desonerou a economia para baratear os preços de diversos produtos (carros, geladeiras, tvs, máquina de lavar, motos etc).

Sim, eu sei..

Que o Serra quer ganhar a eleição com denúncias anônimas, que tem início na revista Veja ou na Folha de São Paulo e ganha projeção no Jornal Nacional. É a maior desqualificação de uma candidatura já orquestrada pela grande mídia na história deste país. Cuidado! Compare os governos FHC e Lula. Existem sites que você pode se informar sobre o governo do FHC e sobre o governo de Serra em São Paulo...

* * * * * * * * * * * * *

A grande mídia está falindo! Não recebeu dinheiro do BNDES para financiar seus projetos! A internet já está emparelhada com a tv aberta em matéria de entretenimento. Isto resulta na transferência de publicidade da tv para a internet, que aumenta a cada ano. Um eventual governo da candidata Dilma representará: internet mais barata, mais veloz, com a democratização do acesso. Isso resultará na diminuição dos leitores de jornais e revistas e, principalmente, dos telespectadores das novelas da Globo. É por isso que a mídia foi contra o governo Lula e está tentando desqualificar a candidatura da Dilma. Pense nisso!

Brasil, 16.10.2010

Frederico A. Passos
e-mail: fred_passos@yahoo.com.br

SERRA E OS SEUS

Adicionar legenda
COMO SEMPRE TEM GATO NA TUBA
Mal. Muito mal o candidato Serra. Esquiva-se dos assuntos, não faz o debate direto. Ele não fala por si, sopram o instrumento por ele e o som sai morfo, abafado, não reverbera. Sozinho ele não consegue, com os outros, só piora. A elitista extrema direita do país continua ensimesmada, medrosa e desatualizada. É uma orquestra sem regente, músicos sem partitura, instrumentos jogados ao chão e o velho gato dormindo na tuba. Famigerada e preconceituosa como ela só, a extrema direita não admite o Brasil popular que a cada dia é mais brasileiro, é mais povo, mais gente, mais cidadania. E assim, descontextualizada, promove um dos piores e mais deprimentes espetáculos políticos já vividos pela jovem democracia brasileira. Outra vez querem impor-se pelo medo e pela demonização de pessoas revelando a equivocada ciência política de quem, por quase uma década de Governo Lula, sequer ateve-se a olhar o país e o seu povo e com ele aprender. O Brasil das oportunidades e da transformação social, é vitimado pela inescrupulosa direita anti-nacionalista com uma metralhada de inverdades cuspidas pelas bocas da imprensa golpista pró Serra, cujos gatilhos são os editorais da Rede Globo, da Revista Veja, do jornal O Estado de São Paulo e suas camufladas redes de apoio. Versando maldosamente e com total desconhecimento sobre temas nunca afetos às suas práticas e condutas, tenta agora, a velha extrema direita, rejuvenescer e pintar-se quem sabe de Madre Tereza de Calcutá ou Herbert de Souza (Betinho) e proteger a igreja e a família, os trabalhadores, aumentar os salários, melhorar a educação, a saúde e pasmem, falam até sobre defesa dos direitos humanos e liberdade de expressão, justo eles que tanto cercearam a cidadania. Serra e seus serviçais omitem-se em ler o país e seus avanços, não criam fatos e dados honrosos que os sustentem na seara política e refugiam-se no apelo torpe sacando da cintura a velha arma em forma de emissoras de tv, jornais e revistas, em favor do candidato tucano tentando – covardemente - construir na figura da candidata Dilma Roussef, um novo anti-cristo, um novo anti-cristãos. Sem ter como opor-se ou negar o novo Brasil dos jovens e das famílias, o Brasil da diversidade cultural e religiosa, o Brasil dos ex-menos favorecidos, Serra e os seus mascam o travoso sabor do ódio, da inveja e da soberba, temperando discursos amargos em palanques, escrevendo draconianas manchetes em jornais e, feito Nostrdamus, narrando noticiosos televisivos e na internet pregando o “aqui jaz Brasil”, com a tentativa de voltar ao poder impondo o atraso, pelas vias do medo há muito vencido. O país que há oito anos fecharia igrejas e mudaria pra vermelho a cor da bandeira do Brasil, caso ocorresse uma vitória de Lula (como ocorreu) é hoje mais verde amarelo, é mais brasileiro do que nunca. O Brasil do Pac, do Pro-Uni, do Bolsa Família, da Petrobrás e do Pré-Sal, da Regularização Fundiária, da Garantia de Direitos, do Mais Cultura, do Luz no Campo do Minha Casa Minha Vida (assuntos alheios ao Serra) é o mesmo Brasil cujo Presidente, o Lula, ainda sequer fala inglês e outras línguas, mas conversa lá fora na linguagem mundial da vontade, da competência e do compromisso político. É o Brasil que lá como cá, nos dá a exata e firme certeza de que Lula, eu e você, faremos: Dilma, Presidente - pro Brasil seguir mudando.

Por: Altair Santos (Tatá)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

AS 13 PROPOSTAS DE DILAMA PARA O MEIO AMBIENTE




1 . Aprofundar o crescimento econômico com distribuição de renda e sustentabilidade ambiental;

2 . Combinar crescimento econômico com baixo índice de emissão per capita de CO2;

3 . Avançar na integração da sustentabilidade ambiental às políticas públicas;

4 . Aprofundar a politica de proteção, conservação e uso sustentável do patrimônio natural;

5. Promover o desenvolvimento sustentável da amazônia;

6 . Ampliar e fortalecer a participação da sociedade nas políticas ambientais;

7 . Incentivar a utilização de instrumentos econômicos para a sustentabilidade ambiental;

8 . Fortalecer a dimensão da sustentabilidade ambiental nas grandes obras do PAC , da Copa do Mundo e das Olimpíadas;

9 . Ampliar a matriz energética limpa e promover eficiência energética nos transportes;

10. Implementar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e trabalhar pela erradicação dos lixões no país;

11. Ampliar e fortalecer a Educação Ambiental;

12. Consolidar o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e fortalecer a capacidade do licenciamento ambiental;

13. Consolidar a atuação braslera na política ambiental global.

DESCULPE, AMIGOS - VOU VOTAR NO SERRA!!!

Por Luís Nassif

"Cansei! Basta! Vou votar no Serra, do PSDB.

Cansei de ir ao supermercado e encontrá-lo cheio. O alimento está
barato demais. O salário dos pobres aumentou, e qualquer um agora se
mete a comprar, carne, queijo, presunto, hambúrguer e iogurte.

Cansei dos bares e restaurantes lotados nos fins de semana. Se sobra
algum, a gentalha toda vai para a noite. Cansei dessa demagogia.

Cansei de ir em Shopping e ver a pobreza comprando e desfilando com
seus celulares.

O governo reduziu os impostos para os computadores. A Internet virou
coisa de qualquer um. Pode? Até o filho da manicure, pedreiro, catador
de papel, agora navega.

Cansei dos estacionamentos sem vaga. Com essa coisa de juro a juro
baixo, todo mundo tem carro, até a minha empregada. "É uma vergonha!",
como dizia o Boris Casoy. Com o Serra os congestionamentos vão acabar,
porque como em S. Paulo, vai instalar postos de pedágio nas estradas
brasileiras a cada 35 km e cobrar caro.

Cansei da moda banalizada. Agora, qualquer um pode botar uma
confecção. Tem até crédito oferecido pelo governo. O que era exclusivo
da Oscar Freire, agora, se vende até no camelô da 25 de Março e no Braz.

Vergonha, vergonha, vergonha!

Cansei de ir em banco e ver aquela fila de idosos no Caixa
Preferencial, todos trabalhando de office-boys.

Cansei dessa coisa de biodiesel, de agricultura familiar. O caseiro do
meu sítio agora virou "empreendedor" no Nordeste. Pode? Cansei dessa
coisa assistencialista de Bolsa Família. Esse dinheiro poderia ser
utilizado para abater a dívida dos empresários de comunicação (Globo,
SBT, Band, Rede TV, CNT, Folha SP, Estadão, etc.). A coitada da ?Veja?
passando dificuldade e esse governo alimentando gabiru em Pernambuco.
É o fim do mundo.

Cansei dessa história de PROUNI, que botou esses tipinhos, sem berço,
na universidade.

Até índio, agora, vira médico e advogado. É um desrespeito! Meus
filhos, que foram bem criados, precisam conviver e competir com essa
raça.

Cansei dessa história de Luz para Todos. Os capiaus, agora, vão
assistir TV até tarde. E, lógico, vão acordar ao meio-dia. Quem vai
cuidar da lavoura do Brasil? Diga aí, seu Lula!

Cansei dessa história de facilitar a construção e a compra da casa
própria (73% da população, hoje, tem casa própria, segundo pesquisas
recentes do IBGE). E os coitados que vivem de cobrar aluguéis? O que
será deles? Cansei dessa palhaçada da desvalorização do dólar. Agora,
qualquer um tem MP3, celular e câmera digital. Qualquer umazinha, aqui
do prédio, vai passar férias no Exterior. É o fim!

Vou votar no Serra. Cansei, vou votar no Serra, porque quero de volta
as emoções fortes do governo de FHC, quero investir no dólar em
disparada e aproveitar a inflação. Investir em ações de Estatais quase
de graça e vender com altos lucros. Chega dessa baboseria
politicamente correta, dessa hipocrisia de cooperação. O motor da vida
é a disputa, o risco! Quem pode, pode, quem não pode, se sacode. Tenho
culpa eu, se meu pai era mais esperto que os outros para ganhar
dinheiro comprando ações de Estatais quase de graça?
Eles que vão trabalhar, vagabundos, porque no capitalismo vence quem tem
mais competência. É o único jeito de organizar a sociedade, de mostrar quem
é superior e quem é inferior.

Eu ia anular, mas cansei. Basta! Vou votar no SERRA. Quero ver essa
gentalha no lugar que lhe é devido. Quero minha felicidade de volta.

Estou com muito MEDO.

Chega! Assim está DILMAIS."

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A MÍDIA COMERCIAL EM GUERRA CONTRA LULA E DILMA

Por Leonardo Boff (*)

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso” pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida, me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a mídia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e xulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogressista, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que continua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coronéis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa mídia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da mídia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palavra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa se fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão social e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituídas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a mídia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocolonial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito da má vontade deste setor endurecido da mídia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construído com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

(*) teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.

PT DE GUAJARÁ-MIRIM PARTICIPA DE ENCONTRO POLÍTICO COM EVO MORALES

Profa. Lília Ferreira, Presidente PT/GM O Presidente da Direção Regional do Movimiento al Socialismo - Instrumento Político por la Soberanía...